«Joyeux» (Pasteur des Pyrènées), cujo nome alterei para «Porto», foi, sem dúvida, o mais ilustre convidado que a Câmara D'Arcachon, França, alguma vez recebeu, e veja porquê: Nasceu a 29 de Outubro 1975 (faria hoje 39anos). Uma das principais caraterísticas, era o de ir comigo para todo lado, exemplo disso, foi a um estágio de Guitarra Clássica, em Arcachon, France, como convidado de honra, onde foi muito querido por todos os participantes, ao ponto de comer/dormir com os estagiários.
O momento mais alto desse magnífico estágio, aconteceu a 28 de Julho 1979, quando «Monsieur (M.) Porto» foi convidado (ver fotocópia) da mesma forma que os demais, ou seja, pessoalmente, a participar, às 19 horas, na chique receção, e, para que nada faltasse, simpáticas meninas ofereceram-lhe um belo laçarote vermelho, a causar inveja, sobretudo ao próprio dono ...para piorar as coisas, cobriram-no de carícias, regado com muitos, muitos beijinhos enfim, todos os ingredientes para arrasar o mais convencido ciumento ...nem quero ouvir falar, ainda estou doente, eh, eh, eh!
A certa altura, música/baile ao rubro, exaltado estagiário, entra abruptamente pelo sumptuoso salão nobre dentro a reclamar, por não ter sido convidado ...e ainda não sabia que o elegante «M. Porto» («dançava», mesmo ali ao lado, com as mais giras miúdas da noite), não somente tinha recebido convite, como foi prendado com um bonito laçarote ...mais ciúmes para a fogueira.
Desde então, perdi a conta às vezes que divulguei esta fantástica história , que continua a provocar mistura de lágrimas e sorrisos, aliàs indescritível o que realmente se passou na mais maravilhosa «soirée» da minha vida, tudo brindado com tantas, tantas e estridentes gargalhadas que, sabe-se lá, se alguns não tiveram (pelo menos a tentação) vontade de aliviar as tripas nos mais recônditos sítios do esplendoroso salão.
Gostava tanto, tanto do «Joyeux» (M. Porto), que estava a ver , no dia da sua morte, em Paris, que me levava com ele ...ao ponto de ter tido a necesside da ajuda do vaterinário, «Dr. Delome» ...quem cuidou dos 3 cães que tive, Joyeux (M. Porto); Tobby e Rocky, este último da mesma raça do Joyeux.
Termino com esta lindíssima frase da minha querida amiga, Betina, dialoguista para o cinema :-«Sabes, António, porque sofres tanto com a morte do teu cãozinho!? ...porque te deu muitas alegrias».
Lembraste, querido Joyeux; no dia em que estava no nosso apartamento, em Paris, a «pedalar» com uma canadiana, e tu amarraste-te à perna dela a fazer o mesmo?! Eras um ciumento/malandreco.
Forte abraço companheiro. Foi, de longe, aquele que mais segredos guardou/sabia da minha vida privada.
Por baixo da 3ª foto pode ler-se: «ofert par LE CERCLE DE LA VOILE D'ARCACHON à l'ocasion des VIème 18 heures d'Arcachon - 7 et 8 Juillet 1979». Destinado a Mestre Alberto Ponce, meu ex prof. de guitarra clássica; que se esqueceu de o trazer ...disse para eu ficar com esta grande recordação (guardei ... não deitei fora).
Por tudo isto e muito, muito mais, digo, mais uma vez: Sou feliz.
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