No dia 25 de Abril de 1974, por volta das 8,45 horas da manhã, dava inicío à 1ª aula de guitarra clássica, em minha casa (apartamento), no 6º andar da torre Montparnasse (não confundir com a do «Maine Momtparnasse», na «Rue George Pitard, Paris xvème», França, quando a minha vizinha toca a campainha: -« Mr Manso, «cest la revolution au Portugal ...la liberté».
Surpreendido, não reagi logo mas, pouco e pouco, fui tomando consciência do que verdadeiramente se estava a passar.
Da janela do meu salão, via a janela da vizinha, colada à minha, e chamei: se até ali a amizade com a jovem/lindíssima senhora era boa, muito mellhor ficou. Note-se que nessa altura, um vilapunhense, de Milhões, vivia temporáriamente em minha casa, a pedido do grande amigo, Daniel Lima.
Se eu não gostava (nem a tiro) da pessoa em questão, a vizinha não a podia ver ...falta de humildade.
A liberdade não tem nada a ver com o que a maioria dos portugueses pensa, a começar por, não vale tudo, ao ponto de, a 1ª vez que vim de férias, pós a revolução dos cravos, era um nojo, tanta era a politiquice ...ainda hoje; é que nem sabiam/sabem que o primeiro passo para a liberdade é o respeito pelos outros.
Foto 1; Eveline, com 18 anos de idade, na altura, (eu tinha 20), deu-me a primeira grande lição de liberdade inclusive de amor.
Foto 2, até o Joyeux, vulgo Porto, desde então, teve direito a mais, muitas mais carícias ...já o tinha comigo, aquando do 25 de Abril. Mais do que ninguém, merecia que, nesta crónica, falasse dele ...deu-me alegria, como ninguém.
Foto 3; também não podiam faltar, rosas do meu quintal ...foto desta manhã.
Viva a LIBERDADE.
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