No fim da década de 30, altura em que também foi fundado o Neves Futebol Clube, o sr. Leandro Quintas Neves, proprietário da Farmácia das Neves, dava inicio à primeira (?) pesquisa na Citânia (cidade antiga) de Roques cujo principal objetivo era o de encontrar vestígios do passado como, por exemplo, moedas, e foram cerca de 40, que se encontram (salvo erro) no Museu de Viana do Castelo. A pesquisa fazia-se com utencílios rudimentares, enxadas, pás, picaretas entre outros, e só não disse ferramentas da época, porque ainda são utilizados.
De tanto contemplar/analisar, ao longo dos anos, amontoados de pedras das casas redondas antigas em ruínas (ver foto), cheguei à conclusão de que, e apesar de eventuais estudos arqueológicos que o sr. Leandro tivesse feito no Porto, é notória a falta de experiência, pelo fato de terem sido destruídas sem o cuidado que se impunha; é que havia outra forma de o fazer, preservando as casas. Apesar de tudo, o sr. Leandro Quintas Neves está de parabéns, pela coragem demonstrada, tanto mais que só, cerca de 70 anos mais tarde, houve nova iniciativa, com a descoberta do balneário, pelo arqueólogo Tarcísio Maciel.
Não posso descartar outras iniciativas, só que, as dos acima mencionados arqueólogos, estão comprovadas com fatos ...e não conheço outros.
Descrevi/divulguei, vezes sem conta, um insólito episódio que, desde a minha tenra idade, me liga ao sr. Leandro, veja só: Há cerca de 65 anos atrás, num dia de Festas das Rosas, Domingo de mês de Maio, uma das vacas que tangia monte acima, com a pata traseira, feriu-me o maxilar inferior lado direito (ver foto).
Não me vou alongar, diria, simplesmente, o desespero de minha querida mãe ao chegar a casa, por eu ter continuado a subir o monte, para ver, a partir do panorâmico penedo da pegada, as referidas festas, em Vila Franca, em vez de vir para casa, todo ensanguentado.
Aos gritos, levou-me à farmácia das Neves, onde o arqueólogo (sr. Leandro), apesar de encerrado ao Domingo, nessa manhã, abriu a farmácia e fez-me o curativo, e mais, como não chorei durante o dói, dói, deu-me uma enorme «roda» de adesivo vazia; foi a única forma de devolver o sorriso a minha mãe que, durante o curativo, não parou de chorar.
Foto 1; casa em ruínas que, e apesar de tudo, é a que está em melhor estado de conservação, situada a 300 ms da pegada.
Foto 2; parte de amontoados de pedra, devido à ignorância das freguesias envolventes, aquando, há cerca de 18 anos atrás, no alargamento de caminhos, com pesada maquinaria
Foto 3; pode ver-se as duas cicatrizes na minha boca, causadas pela vaca, e tratadas por sr. Leandro.
Foto 4; simbolo (escultura) do que tantas vezes repito, o berço da minha infância ...teria 6 anos de idade, a 1ª vez que o vi, no Monte de Roques (Santinho) ...também tenho repetido, que a minha amizade é para sempre.
Aqui fica demonstrado, o porquê da grande ligação ao Monte de Roques (Santinho), um dos grandes, se não o maior pilar da minha vida.
Amor/paixão não se herda, nem está à venda ...ou sim, ou sopas ...fingir é que não.
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