Por estranho que pareça, ao seguir os passos de Olímpia (minha querida mãe), construí verdadeiros pilares na minha vida como, por exemplo, a fortíssima ligação que tenho ao Monte de Roques (Santinho), por isso o baptizei de berço da minha infância.
Era pra lá, pro Monte de Roques (Santinho), que minha mãe me mandava, sobretudo no Verão, às 5 horas da manhã, pastorear as ovelhas, por causa do calor ...ao mesmo tempo carregava molhos de lenha à cabeça, que eu próprio esgalhava. Olímpia era exímia a fazer bolos com sardinha fresca, que trazia, à Quarta-Feira, de Barroselas e não só.
Em Paris, França, em detrimento de restaurantes, confeccionava as minhas próprias refeições, graças, cá está, ao que tinha aprendido, na minha tenra idade com minha mãe. Note-se que dra. Sandra Pena, minha ex..médica de família, no Centro de saúde de Barroselas, ficou surpreendida (espantada) com esta história, e muito mais, quando lhe disse que confeccionava sem sal, a ponto de me sugerir para botar algum.
Estas coisas fazem parte do dia a dia de cada um de nós ...há quem não veja as coisas assim, na grande maioria mas, pensando bem, é um dos principais fatores de pobreza ...sei do que estou a falar.
Vexante? ...não! ...preconceito.
Foto 1; minha mãe, em sua casa, a cozinhar.
Foto 2; eu, preparando feijão verde pra guizar um pito (frango).
Foto 3; é o caso na foto mas, na realidade, não preciso que me metam o comer na boca, hehehehehe!
Otei por uma linguagem que se aproxima com a utilizada por minha mãe. Obrigado Olímpia.
Até breve.
Já me tinha referi inclusive através d'outros meios de comunicação como, por exemplo, a imprensa regional, à nascente da Maravilha, ex. bouça da «Tia Mélia da Benda», do Lugar de Arques (como eu).
Para quem conhece, mesmo que pouco, o Monte de Roques (Santinho), esta «fonte» está situada a cerca de 200ms acima da ex. perdreira do «Ti Antóne Martins» (de Arques), e com a antiga pedreira da «cruz quebrada», mesmo ali ao lado (ainda lá está o buraco "suporte", no mesmo penedo da escultura do «ursinho» "ver Fecebook", onde estava içada); mas, visto da parte de cima, encontra-se a sensivelmente 100ms abaixo do caminho florestal que liga Vila de Punhe a Mujães, e a 700ms do Geodésico (Marco Branco).
Na minha tenra idade, para além de ser a bouça preferida (assim como das minhas companheiras «Carma da Xica, Pura do Vieira, Laurinda da Videira» entre outras) para pastorear o gado da minha «Tia Maria (materna)», saceava a sede assim como a dos animais ...bebia de barriga p'ra baixo...recordo-me. como se tivesse sido esta manhã.
A partir desta importante nascente, a água era canalizada monte abaixo, para uma casa antiga em ruínas e isolada, na bouça do «Arilha» (familiar do Ricardo, Arques).
Darei mais detailhes (fotos), em futuras publicações mas, com estas imagens, já dá para se fazer uma ideia ...é notável neste, e noutros casos, as engenhocas dos pedreiros d'outrora.
Foto 1; casa antiga, na bouça do «Arilha», cerca de 300ms acima das primeiras casas do Lugar de Arques ...a água era canalizada a partir da nascente para esta bouça/casa.
Foto 2; pedacinhos da velhinha canalização, uma das situações onde tive que desenterrar boa parte dos canos.
Foto 3; estado atual da acima referida nascente; saciava a sede uns 30ms mais abaixo.
Foto 4; apercebe-se meia cana talhada, horizontalmente, a meio deste enorme penedo (làge) feita, certamente, com toscos ponteiros.
Conhecia esta maravilha de pedreiros de Roques d'outrora, entre muitas outras?! Com agravante de quando as maiores asneiras proferidas sobre a história do maravilhoso Monte de Roques (Santinho) virem de VIPs, convencidos historiadores enfim, de uma forma generalizada. Não sabes, cala-te...informa-te.
Cá está uma das mais belas e difíceis pesquisas.
Até brève.