sábado, 25 de janeiro de 2014

Igreja e os pecados mortais


Minha mãezinha acreditava em Deus e, naturalmente, tudo fazia  para que os filhos fizessem o mesmo, ao ponto de,  todas as noites, antes de ir para a cama, obrigá-los a rezar o terço, de joelhos, frente à meia-cómoda da sala. No que me concerne, rezava como os outros mas, contrariado. É que, apesar da minha tenra idade, pressentia algo de errado.

Na igreja de Vila de Punhe, ainda no tempo do reitor Cândido Júlio, e sem antes me ter confessado,  meti-me na longa fila dos que iam fazer a primeira comunhão e, como eles, comunguei ...era só o que faltava, ficar de fora, por ainda não ter a  idade (eu que sempre fui rapaz despachado) ...claro  que minha mãezinha ficou aflita; mas não me vou alongar em hilariantes detalhes, haveria muito para contar, e para todos os gostos, tanto mais que não é a primeira vez que abordo este assunto.

Existia, entre mãe e filho, extrema lealdade, ou seja, mais a minha mãezinha falavamos de tudo ...intrigado, fazia-lhe ror de perguntas como, o porquê de só aqueles que pagassem  a bula (os ricos) podiam receber o senhor fora do jejum.
Aos 13 anos (1955), fui internado no sanatório da Gelfa, Afife, onde aprendi a ajudar à missa com padre de Vinhais.
 Em 1958, já com 16 anos de idade, trabalhava na velha ponte em pedra, de Vila do Conde (por onde passou Humberto Delgado, durante as presidênciais desse ano). E foi nessa bonita cidade que cometi  o pecado mortal, ao pôr os pés, pela primeira vez, numa antiga casa de meninas (já não existe). 
Contei tudo à minha mãezinha; o que tinha confessado ao jovem padre forasteiro , naquele ex confessionário à entrada da sacrestia da igreja de Vila de Punhe. Quando me dei de conta, o «probe»  estava extasíado, se calhar, com tudo o que se tinha passado em Vila do Conde, é que nem me deu as orações finais para rezar ...levantei-me e fui-me embora.
Minha mãezinha insistiu para que o perdoasse ...nunca mais fui ao confesso. E mais, desde então,  tudo o que pensava dos padres (raras exceções), piorou sobremaneira ...e só não vê quem não quer. 
Como é que multidões acreditam em Deus, sem nunca o ter visto, e não vêm horrorosos crimes (abusos) à frente dos seus olhos?! ...não me peçam para comungar.
Tenho o privilégio de não ganhar ódio, e mais, aprecio  a igreja «monumento», tal qual um museu enfim, como uma bela obra de arte.
Foto 1; parte superior do calvário, Lugar de Arques. 
Foto 2; estou a cerca de 200ms da casa das meninas, em Vila do Conde, onde cometi o pecado mortal ...era assim que estava vestido ...não levei o burro comigo.
Foto 3; até os passarinhos pecam ...só não sei se foram ao confesso.
A igreja está em maus lençóis, e a  maior asneira dos fingidos cristãos, é de pensar que são mais perfeitos que os outros ...nem o Vaticano escapa.
Não sei fingir.
















quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

De Paris às Neves onde a inveja também é coisa feia

Há «séculos» que trazia na ideia, escrever sobre o terrível flagelo que é a  inveja e que, penso eu, não é novidade para ninguém.
Depois de, no início da semana ter ouvido, mais uma vez, na A1 (rádio), a emissão de Alice Vilaça, sobre «Os portugueses no mundo », tomei a decisão de o fazer, tanto mais que tenho inúmeros casos pessoais de fazer desmoronar montanhas, e que nem ao diabo passariam pela cabeça. 
O convidado, da acima referida locutora, à pergunta, como foi recebido pelos imigrantes portugueses quando chegou à Suíça, respondeu: «- Mal, muito mal; há muita inveja ...até me evitavam na rua e/ou onde quer quer fosse enfim ignoravam-me». Com raras exceções, estou em sintonia com este jovem.
Enquanto professor de guitarra clássica, em Paris, França, recebia alunos de todas as religiões e nacionalidades, inclusive portugueses. E foi assim que, em 1980, recebi um conhecido «pelintra» das Neves, Vila de Punhe que, vá lá saber porquê, manifestava tiques durante a aula, e que só mais tarde descobri que os referidos sintomas  era doença crónida da inveja ...era notório, durante a aula, a inveja pelo  fato de o professor ser português. Não aguentou muito tempo, e deixou de vir às aulas, talvez, por ter entendido que na minha casa (aulas) era eu quem dirigia ...sem esquecer que era/é mal educado (quem aos seus parece os seus degenera).
Em 1981, a convite do presidente da Festa das Neves desse ano, Armando Moreira, (e que também era presidente da junta de freguesia de Vila de Punhe), atuei na referida festa (ano em que também participou o Paco Bandeira). A certa altura, das bancadas (que ainda eram, nessa altura, montadas em forma de meia lua), ouviram-se bocas (gritos), com o único objetivo de estragar a minha atuação ...era ele, ao ponto de, quem assistia ao espetáculo, tê-lo mandado, por várias vezes, fechar a boca ...contrariado, engoliu, ou seja, calou-se.
Até parece que frequentou a mesma escola do anterior presidente da junta de freguesia de Vila de Punhe, que extinguiu a escola de música (que era dirigida por mim). 
Uma dica: este ano (2014) nunca poderia participar em quaisquer espetáculos das festas de Vila de Punhe ...para bom entendedor, meia palavra basta.
Não é mais que uma gota de água, tantas foram as tentativas para me derrubar ...frustradas.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Forma mais completa de divulgar escultura de Roques











Desde o início de 2014, procuro forma mais completa de divulgar escultura de Roques e, para isso, até criei novo blog , «Manso de Arques».
E começo por uma das mais belas obras, já divulgada mas, cá está, a meu ver, falta sempre alguma coisa como, por exemplo, a sua localização no Monte de Roques (Santinho). 
Então é assim, depois de subir  a rampa, à direita do geodésico (Marco Branco), sobe mais uns 150ms, em direção à pegada, vira à direita, mato dentro e, depois de ter caminhado cerca de 100ms, avista a escultura, em cima de pequeno rochedo...está claro que o matagal dificulta sobremaneira o acesso mas, com perseverânça, chega lá.
A cada visita, talvez umas 5/6, encontro ângulos diferentes ...simplemente fantástico.
Foto 1; vista geral do rochedo que suporta a escultura.
Foto 2; deitado no interior da escultura.
Foto 3; de outro ângulo, onde pode ver-se onde estava deitado.
Foto 4; mesma escultura mas, visto pelas traseiras das demais fotos.
Os inúmeros leitores têm o direito de perguntar, porquê só agora?! E bem, tanto na composição músical, poesia, artigos/crónicas, tenho sido vitima de plágio ...por isso, tudo que publicava, não indicava a localização, ou seja, era/é inédito.
Era, também, uma ideia antiga, a de facilitar o acesso aos visitantes ...agora, com estas dicas, vai lá ter.




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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Caudais à deriva provocam inundações


Manso de Arques, é o titulo do meu mais recente (novo) blog, ou seja, com o meu nome e o da terra onde nasci, pois que sou do Lugar de Arques, no sopé do Monte de Roques (Santinho), Vila de Punhe.
A Rua das Azedas, em Milhões, Vila de Punhe foi, mais uma vez, ameaçada de inundação, apesar de chuva moderada, foi qb para despertar a ideia de ir monte acima, constatar, mais uma vez, a principal origem das graves inundações ...e são muitas.

O embrião da enxurrada começa, em dia de chuva, na zona do Marco Branco, no Monte de Roques (Santinho); desce até ao sobreiral, onde uma parte continua calçada abaixo, até à Rua da Portela, enquanto a outra entra, logo ali, no sobreiral, pela Quinta de S. Cristóvão da  Portela dentro, para sair, do lado esquerdo da casa da referida quinta; atravessa a rua da Portela, e depois de entrar/alagar a Quinta dos Pereiras, inunda a Rua de Sª Eulália, à entrada da Rua das Azedas ...e que são, nem mais nem menos, as duas mais castigadas pelas graves enxurradas, na freguesia.
Não é com remendinhos, como aqueles efetuados no Natal, na Rua Sª Eulália, que se resolverá tão grave e antiga sucessão de erros ...a primeira coisa a fazer é inumerá-los e, pouco epouco, resolvê-los.
Existe solução, e disso não tenho dúvidas:  a junta de freguesia só tem que anotar os inúmeros e graves erros da anterior junta de freguesia (apesar de ter feito parte), que não escutava ninguém, a não ser «ignorantes» ...o resultado está à vista.
Foto 1; sobreiral, é preciso encaminhar a enxurrada por fora e/ou por dentro (pelo menos em parte) da Casa/Quinta de S. Cristovão da Portela.
Foto 2; caudal obstruído (do lado direito da Q. da Portela), por tratores de restos de márrmore; crime ambiental, por quem fez parte da anterior lista autárquica (PS).
Foto 3; Saída, para a Rua da Portela, da água que entrou na quinta do mesmo nome, na zona do sobreiral.
Foto 3; esta manhã, a partir de minha cozinha, a Rua das Azedas, inundada.
Com vontade, e evitando anteriores «arquitetos», a junta de freguesia resolve a situação...assim é que não pode continuar. 
Nota, conheço bastante bem os caudais/nascentes da minha terra.